sexta-feira, 16 de maio de 2008

Justificando o título

Sendo eu admiradora confessa da vida e obra de Ludwig van Beethoven, tomei emprestado um verso de um pequeno poema de sua autoria que, segundo seus biógrafos, foi usado como lema em toda a sua vida. Sabe-se que ele era filho de um pai músico, mas viciado em bebida, que ao voltar das apresentações sempre chegava em casa bêbado. O filho já estava dormindo e ele o acordava para "passar" as lições de piano, sempre com uma palmatória na mão. Ao menor erro, Ludwig sentia a dor da palmatória nos seus dedos. Isso fez dele o grande compositor que todos conhecemos, porque a dor também ensina a viver, mas deixou-o sempre com aparência triste. Sua tristeza, que era confundida com mau humor, foi-se agravando a medida que foi perdendo a audição. Ele, que precisava do sentido da audição mais do que qualquer outra pessoa, teve que compor suas sinfonias e sonatas com os sons que lhe ficaram na memória. E, mesmo assim, não se afastou de seu lema que era:
"Fazer todo o bem que se possa /
Amar sobretudo a liberdade /
E, mesmo que seja por um trono,/
Jamais renegar a verdade."

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