sexta-feira, 8 de julho de 2011

Oficina Francisco Brennand

Ontem fomos com os alunos do ProJovem visitar a Oficina Brennand e andamos com eles naquele paraíso, sentindo o cheirinho do mato verde da vegetação do entorno, ouvindo o canto de diversos pássaros e agradecendo pelo fato de estarmos vivos, fazendo parte de um mundo tão lindo que não precisa de dinheiro para existir. A obra de Brennand dispensa comentários e durante toda a visita tivemos a companhia de uma guia, altamente competente, Daiane, que nos encaminhou relatando toda a história daquele local elevado de arte, tirando dúvidas dos alunos, utilizando didática perfeita para a turma. Brennand voltou a pintar e, como ele mesmo diz, sua autobiografia, seu diário, pode ser lido nas suas obras que encantam até quem não é muito interessado em artes. Tudo ali respira beleza e evolução. Em uma das paredes do salão das pinturas na ACCADEMIA, está um quadro com o poema que Carlos Pena Filho lhe dedicou:


A Solidão e Sua Porta
Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha)

Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha

Arquitetar na sombra a despedida
Deste mundo que te foi contraditório
Lembra-te que afinal te resta a vida

Com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório.

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